sexta-feira, maio 28, 2004

Mai nada

Algures aí para baixo sugeri deixar a blogosfera e limitar o Homem a Dias à transcrição das crónicas de Auberon Waugh. Felizmente, o Ricardo não abandonou os blogues, mas está a publicar o melhor colunista vivo (bem, até 2001) a um ritmo diário. Que mais querem?

sexta-feira, maio 21, 2004

Para que serve a blogosfera?

No fundo, no fundo, para relembrar verdades "impublicáveis" como esta.

The horuhr, the horuhr

Por cá, o futebol é a principal fonte de conhecimento geográfico. Há uma semana, 97,3% dos portugueses não sabiam explicitar a diferença entre Berna e Bona. Hoje, continuam sem saber, mas toda a gente passou a utilizar a palavra Gelsenkirchen pelo menos oito vezes por conversa. Eu próprio ignorava esse certamente belo subúrbio industrial, até ao momento em que, mediante convite da «Sábado», me vi com passagem aérea e bilhete para o jogo da Liga dos Campeões. Donde aproveito para indagar se algum blogueiro compincha estará também em Gelsenkirchen. Ouviram? Gelsenkirchen. Sim, Gelsenkirchen.
Eu vou.

quinta-feira, maio 20, 2004

Estrela cadente

Benvindo? Não é importante. Estranho mesmo é que a dra. Edite Estrela, não obstante o esmero com a língua, seja tecnicamente incapaz de escrever um texto legível. Esta senhora, junto com outros exemplares da espécie (de que recordo, a título aleatório, o saudoso casal Comodisse, do não menos saudoso «Acontece»), está para o português como o rock dito sinfónico estava para a música popular: os Pink Floyd e os Genesis também tocavam muito bem e jamais produziram um disco acima do tenebroso, um bocadinho que fosse. Para nossa desgraça, as carreiras destes miseráveis duraram quase tanto quanto os respectivos solos de guitarra. Para nosso conforto, a carreira da dra. Edite não.

O blogue aberto e os seus inimigos

E como agora se diz, então é assim: uma pessoa, crivada das melhores intenções, decide aderir às conquistas da esquerda permitindo a inclusão de comentários no blogue. No princípio, tudo óptimo, gente educada, votos de parabéns pelo grafismo & etc., sugestões, sinecuras, a mão pelo pêlo. De súbito, aparece um energúmeno qualquer e desata a irromper graçola adentro, num claro desrespeito pela civilidade que o dr. Sampaio nos roga dia sim, dia não. É o caldo entornado: logo se acrescentam sucedâneos, candidatos à triste continuidade do humor pátrio e ao enxovalho de um Homem que, embora a Dias, não está a saque. Assim não, meus amigos. Principalmente assim não, meus bandalhos, que em falta de uma actividade produtiva andais por aqui a inquinar o esforço alheio. Se quiserdes desabafar angústias, participai no Fórum da TSF, no Opinião Pública da Sic, na Bancada Central, no raio que vos parta. Mas deixai trabalhar quem trabalha.

sexta-feira, maio 14, 2004

E porque hoje (ainda) é sexta

Já haveis comprado a «Sábado», ó sacrílegos?

Ainda a propósito das farpelas

Tendo tido o cuidado de planear com antecipação uma sexta-feira entre lençóis, ontem fui jantar com os quatro vadios que constituem o privilegiado grupo dos meus amigos de infância. Sem consequências conjugais de monta, penetrei o lar às cinco da manhã, tencionando dormir até às cinco da tarde. Infelizmente, nem toda a humanidade partilha desta necessidade de quietude espiritual. A minha prima Fátima, por exemplo, ligou-me a horas impróprias para combinar o depósito do cão dela na minha casa. E o Ricardo Gross, esse ex-santo, telefonou sucessivas vezes a fim de discutir linguagem html e templates. Isto para dizer que o Babugem está de cara lavada. E que a minha prima deve estar quase a aparecer por aí.

D&G

Não foi esquecimento, apenas julguei redundante elogiar o traje novo da Charlotte: ao contrário do Homem a Dias, ela já era elegantíssima.

quinta-feira, maio 13, 2004

Ópios do povo

Confesso: eu acho um bocado estranho que as pessoas acreditem na Nossa Senhora de Fátima. E acho muitíssimo estranho que acreditem no dr. Louçã.

Cem pendões do Euro 2004 furtados em Guimarães

Se bem percebi, acontece que o maravilhoso poder autárquico emporcalha as cidades com entulho alusivo ao Euro de futebol. Em seguida vêm uns moços, apetrechados com restos de bom senso e de higiene, que recolhem o entulho e o ocultam das pessoas. No final, os moços passam por vândalos e os autarcas lamentam a "falta de civismo". Na verdade, não percebi nada.

quarta-feira, maio 12, 2004

Cambada de reaccionários

Da imagem ninguém se queixa, mas, ao que leio, a maioria dos meus leitores não aprecia muito os comentários.

terça-feira, maio 11, 2004

Fascismo nunca mais, parte II

A democracia é uma coisa muito linda: agora até já temos imagens, exclusivas e tudo.

Fascismo nunca mais

Que querem? Não resisti à pressão dos sectores progressistas e acrescentei espaço para comentários. Resta uma pergunta: comentar o quê?

E mais Cole Porter

"Feels like december but it's may
I've gone as pale as Doris Day
The blue sky's torn asunder by clouds that warn of thunder
Is this what they used to call love?"

- Stephin Merritt, Is This What They Used to Call Love?, in Magnetic Fields, «I»

E agora um cheirinho a Cole Porter

"It's still getting later
And later and later
I feel like I'm in a falling elevator
I'd kill for a drink
But I can't find the waiter."

- Stephin Merritt, Infinitely Late at Night, in Magnetic Fields, "I"

Bonitinho mas ordinário

É chato acontecer numa altura em que ele elogia o fatito novo do Homem a Dias, mas uma vez na vida eu haveria de discordar do Ricardo Gross. O Foreign Sound do Caetano é, reconheço, bonitinho. Aliás, é a coisa mais bonitinha, indigente e inócua produzida por um sujeito de talento nos últimos anos.
Arriscando a que me partam um violoncelo na cabeça, aproveito ainda para culpar o sr. Jacques Morelbaum. A colaboração deste senhor com Caetano Veloso, que já vai longa, produziu, por junto, um grande disco (Livro), e bocados de outros dois (O Quatrilho e Noites do Norte). No mais, tornou-se fórmula, cansativa e aconselhável a átrio de hotel.
Tenho, é claro, saudades do Caetano da Tropicália, o melhor de todos. Mas por este andar começo a lembrar com nostalgia as fases (só) aparentemente desorientadas de Cores, Nomes ou Velô: é preferível o falhanço heróico ao aborrecimento de ciência certa.

segunda-feira, maio 10, 2004

E continua sem comentários!

Eis o novo Homem. A Dias.

sexta-feira, maio 07, 2004

Saem hoje:

1) A melhor revista do ano (a «Sábado», obviamente);
2) O melhor livro anexo a um jornal do ano («Pif-paf», de Millôr, o maior cronista vivo, divinamente compilado pelo dr. JPC para «O Independente»);
3) O melhor disco do ano («I», dos Magnetic Fields, que por razões não publicáveis já ouço há dois meses e merece todos, todos, todos os exageros);
4) Eu, da blogosfera, se não arranjo maneira de conciliar o trabalho, o lazer e esta imensa preguiç...

terça-feira, maio 04, 2004

Alguém que ponha mão nisto

Vinda de quem vem (ou seja, de mim próprio), a crítica é insuspeita. Acho indecente que o Paulo Pinto Marcarenhas tenha aberto o blogue ao Vasco Rato. Em dois ou três posts, o Vasco arrasou por completo a pia imagem do dr. Louçã. Sem desprimor para o Vasco, não é que isso custe muito. O problema é que o franciscano Louçã desempenha uma relevante função social, na medida em que apascenta um pequeno rebanho de alucinados, que sem orientação acabariam fatalmente nas claques da bola ou coisa pior. Assim, e enquanto levam o homem a sério (o que, só por si, é demonstrativo de uma instável condição), pelo menos andam entretidos em manifs e na produção de sms, cartazes e toda a lúdica actividade de quem julga viver um imaginado "combate". Se se lhes retira a confiança que depositam no chefe, os moços vão fazer exactamente o quê? Felizmente para o Vasco e para a harmonia da pátria, a credulidade dos moços é assim a dar para o ilimitado. Mas não convém facilitar.

A quem (quem?) possa interessar

A partir de hoje, as minhas crónicas no CM saem à terça. Era só isto, obrigado.

segunda-feira, maio 03, 2004

Hotel California

Olá, Luciano!