quinta-feira, outubro 14, 2004

Uma casa em Bagdad

Quando conheço pessoas que, até então, só respeitava e admirava à distância, nunca receio abalar a imagem que tenho delas. O problema é a imagem que elas pudessem ter de mim. Um exemplo? Cem anos que viva, não esquecerei o olhar do Luciano Amaral, algures entre o espanto e o horror (mas não muito longe de nenhum dos sentimentos), ao ver-me acompanhar o bacalhau assado com arroz. É: arroz. Não gosto de batatas, e a aberração gastronómica é apenas um buraquinho no bombardeado edifício que dá ao Homem a Dias um trabalho dos diabos para retocar e esconder.