Só hoje é que dei por ela, graças a
isto e a
isto. Um grupo de personalidades realizou uma defesa pública de Boaventura Sousa Santos. Boaventura S.S., pseudónimo de Boaventura de Sousa (ou será o inverso?), bem merece ser defendido.
Primeiro, porque há uns sujeitos em Coimbra B que lhe querem bater, desde que embirraram com os óculos do homem.
Segundo, porque tem um nome ridículo e um psudónimo idem.
Terceiro, porque escreve péssima poesia e prosa atroz.
Quarto, porque cruzou interdisciplinarmente a sociologia do conhecimento, a sociologia do direito e a sociologia política sem pedir autorização a nenhuma das três.
Quinto, porque usa a palavra “interdisciplinarmente”.
Sexto, porque a sua obra académica inclui referências à imaginária favela de Pasárgada e à cooperativa do Barcouço, entre outros topónimos mais ou menos imaginários mas realmente patetas.
Sétimo, porque a mão de Alice levou-o a atravessar o espelho e ele ainda não descobriu o caminho de volta.
Oitavo, porque das “personalidades” envolvidas a metade conhecida mete medo, e a metade obscura sugere cautela.
Ainda assim, junto a minha voz à de Ana Gabriela Macedo, Ana Luísa Amaral, Armando Silva Carvalho, Bernardo Pinto de Almeida, Celina Manita, Diana Andringa, Fernanda Gil Costa, Francisco Louçã, Gabriela Moita, Gastão Cruz, Helder Macedo, Helena Carvalhão Buescu, Helga Moreira, Isabel Allegro de Magalhães, Isabel Pires de Lima, João Ferreira Duarte, João Teixeira Lopes, Manuel Gusmão, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Miguel Vale de Almeida, Paula Morão, Rosa Maria Martelo e Teolinda Gersão e declaro-me pronto para estabelecer
um diálogo crítico saudável com a escrita e o pensamento de Sousa Santos. Isto, claro, logo que o próprio aprenda a primeira e inicie o segundo.