segunda-feira, janeiro 29, 2007

Roma

Também tu, meu amigo Carlos?

Para quando um referendo?

É inadmissível que, em pleno século XXI, as encomendas de Nespresso (sabor Roma) continuem a demorar três ou quatro dias.

Pronto, mais um islamofóbico

There’s a definite urge—don’t you have it?—to say, “The Muslim community will have to suffer until it gets its house in order.” What sort of suffering? Not letting them travel. Deportation—further down the road. Curtailing of freedoms. Strip-searching people who look like they’re from the Middle East or from Pakistan. . . Discriminatory stuff, until it hurts the whole community and they start getting tough with their children. . . They hate us for letting our children have sex and take drugs—well, they’ve got to stop their children killing people.
- Martin Amis, citado aqui

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Para acabar com o aborto de vão de escada (II)


Para acabar com o aborto de vão de escada (I)


Não parece, mas aqueles tipos lá ao fundo são terceirenses

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Trailers da semana

[Sábado, 4/1]
"A única notícia excitante sobre as câmaras municipais seria o desaparecimento de todas, e a substituição de cada uma por meia dúzia de calceteiros e uma firma de saneamento. (...)"
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"(...) E a execução do ditador de Bagdad, em si inútil e inconsequente, é um pretexto válido: entre os que a lamentam, há os que não são capazes de partilhar alegrias com o fanatismo xiita e o regime de Teerão, e há os que se recusam a partilhá-las com os EUA. Como de costume, os últimos ouvem-se muito melhor. E, vinda deles, a rejeição da forca a título de barbárie não soa particularmente convincente. (...)"
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" (...) Quase toda a gente sabe, logo é pueril dizê-lo, que não acontece nenhuma alteração significativa na passagem de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, excepção feita à subida dos preços ou, no caso dos excêntricos que aparecem nos “telejornais” a banhos no litoral, aos prováveis sintomas de uma pneumonia. (...)"
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"Na romaria anual a Meca, é impossível escapar do fervor religioso, é difícil fugir do acidente em cadeia e, com sorte, apanha-se a proverbial declaração do peregrino “moderado”. Este ano, elejo o homem que, mediante enorme candura, confessou ao repórter dois anseios para o futuro: a vitória do Islão no mundo e a paz em todos os países. O homem não esclareceu se a ordem de realização dos desejos era arbitrária. Julgo que não era."
[Correio da Manhã, 3/1]
"Língua de fora
De quando em quando, esquecemo-nos do Bloco de Esquerda. Fazemos mal. Ao contrário do que muitos dão por adquirido, os senhores do Bloco não se dedicam exclusivamente àquelas causas “fracturantes” e tontas. Às vezes, também lhes ocorrem causas apenas tontas. E quase sempre divertidas.
Amanhã, por exemplo, será discutido na Assembleia da República um projecto de lei que visa a criação de turmas bilingues nas escolas primárias. Dito assim, já é bom. Analisado a fundo, é ainda melhor: o Bloco quer que os filhos dos imigrantes em Portugal aprendam as matérias na língua de origem; o Bloco quer dois professores por sala de aula, um de português e o outro da língua que calhar; o Bloco quer um mínimo de 30% de alunos portugueses por turma; isto porque, explicam-nos, o Bloco não quer a “guetização” (sic) dos meninos estrangeiros. De brinde, a proposta possibilita aos imigrantes no liceu a troca do inglês e do francês pela língua dos seus pais.
Convém acrescentar que estas maravilhas se inspiram num relatório de Miguel Portas, aprovado há meses no Parlamento Europeu, o que, de caminho, revela o ócio que domina a referida instituição e confirma o caos na cabeça de Miguel Portas. Falta perceber para que servem.
Certamente não servem para elevar os resultados escolares. Em França, raro e inevitável modelo de aplicação de uma coisa parecida, serviram a renovação do parque automóvel, às mãos de jovens magrebinos, isqueiros e gasolina. Mas a imigração que temos provém sobretudo do Leste da Europa e das ex-colónias. E, como se sabe, mesmo na língua de adopção as crianças do Leste tendem a ser melhores alunas que as suas equivalentes indígenas. Quanto aos descendentes dos “palops” e do Brasil, seria de esperar que falassem português. O Bloco, porém, não vai em simplismos e prevê a adopção dos próprios dialectos maternos, o que abre fascinantes perspectivas. Os petizes angolanos, para citar um único caso, poderão optar entre dezenas de linguajares, desde o quimbundo à nhaneca. Se, no nosso simplório sistema, a colocação de professores é o pandemónio que conhecemos, haverá imensa expectativa acerca da capacidade do ministério em destacar docentes de quimbundo para Oliveira do Bairro, digamos. Por mim, alimento uma expectativa particular em volta do ensino da informática em nhaneco.
No máximo, encontro duas justificações possíveis para tamanha alucinação. A primeira é ser mentira. Se não me engano, o mesmo projecto de lei surgiu em 2006, mais ou menos por esta altura, para depois desaparecer sem deixar rasto. É capaz de ser uma brincadeira ritual do Bloco, começar o ano com uma toleima recorrente e fictícia, a título de aquecimento para as toleimas a sério que se seguem.
A outra hipótese é ser uma retorcida, e sacrificial, tentativa de salvação do nosso sistema escolar e das novas gerações. As inúmeras reformas aplicadas já provaram a inabilidade das crianças portuguesas na aprendizagem do português. Talvez a sua exposição forçada ao romeno, ao ucraniano e até ao quimbundo as salve de um futuro analfabeto e, consequentemente, da adolescente simpatia pelo Bloco."

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ano novo, raça nova































Tenho andado iludido. Só há dias aprendi, com o senhor professor Pedro Arroja, que os judeus "colocaram" um "ênfase particular na liberdade" por "meras razões de sobrevivência do grupo". Isto, naturalmente, invalida as respectivas conquistas, criativas ou intelectuais. E levou o senhor professor Pedro Arroja, que sinceramente não sei quem é, ou o que é, a procurar consolo noutras paragens. Farei o mesmo, aproveitando para avisar que as obras do bando acima serão objecto de leilão ou fogueira à porta de minha casa. Entretanto, peço ao senhor professor Pedro Arroja que especifique melhor as paragens a que se refere, que eu não imagino quais sejam. E que me indique, já agora, o franchising onde compra os fatos e as gravatas. Se um liberal, que se fundamenta na livre escolha, escolhe aquilo, é porque há ali virtudes que me escapam. Como no resto, com certeza.